Na tarde desta segunda-feira (27), o Instituto João XXIII foi palco de uma experiência única para 25 crianças do Território do Bem, região que envolve nove bairros da periferia de Vitória. A iniciativa faz parte da programação do “Samba Que Eu Quero Ver”, trazendo a cultura do samba durante o Novembro Negro.

O mês de novembro, marcado pelo Dia da Consciência Negra, é propício para reflexões sobre a herança cultural e o combate ao racismo. A oficina de bateria visa não apenas apresentar os ritmos envolventes do samba, mas também instigar o orgulho e a alegria de celebrar a cultura negra por meio da música.

Mônica Boiteux, Coordenadora de Projetos Sociais do Instituto, contou que a maior parte dos estudantes do João XXIII são negros, então é fundamental resgatar esses elementos da cultura negra, gerando pertencimento para essas crianças. “Estamos muito felizes em realizar essa ação aqui no instituto! Temos trabalhado a questão da negritude com as crianças e os instrumentos de percussão  trazem essa batida que vem da África e tomou conta do Brasil. Queremos que esse projeto cresça e pretendemos trabalhar com percussão ao longo de todo o ano”, contou Mônica.

O samba, considerado uma arte ancestral do povo preto, desempenha um papel significativo na transformação social. A escola de samba, assim como a instituição educacional que acolheu a oficina, é um espaço de ensino, aprendizagem e descobertas. Ambas desempenham um papel crucial na formação de novos talentos e na promoção da cultura.

A iniciativa foi viabilizada pelo patrocínio do Grupo Tristão, em parceria com a Lúdica Audiovisual e o Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.Wanda Núbia Vargas, Secretária da Diretoria do Grupo Tristão, prestigiou a oficina e saiu de lá encantada com a rapidez de aprendizagem das crianças.

“Nosso grupo tem o maior prazer em incentivar a cultura, o esporte e a educação. Nós apoiamos diversas iniciativas e nossa maior alegria é ver o rostinho de felicidade dessas crianças. Todas elas tem muito potencial, só precisam das oportunidade!”, afirmou Wanda.

A oficina foi conduzida por Glaydson Santos, professor de matemática, músico e mestre de bateria da Unidos de Jucutuquara. Com expertise acumulada ao longo dos anos, Glaydson guiou as crianças pelo universo da percussão, ensinando não apenas os ritmos, mas também a função de cada instrumento na formação de uma mini bateria.

Aline Almeida